As ações para o controle do mosquito borrachudo, iniciadas em agosto de 2019 com reuniões com a Administração Municipal, agentes de saúde, aplicadores de BTI e lideranças das comunidades, têm continuidade em Anta Gorda. “O auge do Programa ocorreu nos dias nos dias 20 de novembro e 03 e 17 de dezembro de 2019, com o envolvimento de mais de 60 pessoas, voluntários das comunidades, os quais dedicam um período do seu tempo para a aplicação do larvicida biológico BTI, um trabalho de relevante interesse público e social”, explica a bióloga Vanessa Dametto. Segundo ela, a aplicação do BTI foi realizada em águas correntes como nos córregos, arroios e saídas de açudes, pois é ali que os mosquitos adultos depositam os seus ovos, os quais se desenvolvem transformando-se em larvas. “O BTI é específico, e combate somente as larvas desta espécie, não causando prejuízos aos demais organismos do ecossistema aquático”, pontua. Vanessa avalia o trabalho realizado e agradece os envolvidos. “Eu valorizo e agradeço a todos os envolvidos. Sei que não é um trabalho fácil enfrentar o fluxo de água, cachoeiras, pedras, cercas e demais obstáculos que existem nos arroios. O trabalho realizado pelos aplicadores de BTI é fundamental para o sucesso no controle do mosquito borrachudo”. A bióloga afirma que não houve relato de novas incidências de mosquito borrachudo. “Para que isto se mantenha, é imprescindível que os aplicadores continuem a realizar vistorias nos arroios e, caso identifiquem a presença de larvas, façam a aplicação do BTI nos pontos em que há ocorrência. As vistorias são importantes pois é no verão que os insetos estão em plena atividade, e enquanto permanecer o período quente que se estende até os meses de abril/maio, há condições favoráveis para a proliferação dos borrachudos, por isso a vigilância deve ser constante”. O setor de Meio Ambiente solicita para aqueles aplicadores que não entregaram ao Departamento de Meio Ambiente a “Ficha de aplicação de BTI”, para que o façam com a maior brevidade possível, pois o Programa é coordenado pelo Estado, por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde. “Precisamos informar sobre o trabalho realizado e quantidade de produto aplicado. Toda a comunidade pode ajudar no controle do mosquito borrachudo recuperando a vegetação ciliar nas margens dos arroios, impedindo que dejetos e esgotos escorram até os rios, e descartando corretamente o seu lixo”.
Anta Gorda