Anta Gorda, assim como os municípios vizinhos passa por dificuldades devido a estiagem. São problemas com abastecimento de água e perdas significativas na agricultura. A administração está adotando várias medidas e ações para enfrentar essas dificuldades, são ações com agricultores e também junto ao governo do Estado, Famurs e a União. A Defesa Civil do Estado visitando o município nessa sexta-feira, 8, para finalizar o processo de homologação do pedido de situação de emergência. O coordenador regional da Defesa Civil Tenente Coronel Fernandes explica como é o processo para que o Estado homologue os pedido de situação de emergência “Dentro do processo de decretação de situação de emergência, é feita toda a documentação no Sistema de Informações Integradas, e essas informações e a documentação passa por uma análise e depois nós vamos até o local e fazemos uma visita técnica, que consiste em ir as comunidades atingidas e fazer uma análise in loco e com isso ter subsídios para fazer o parecer que é o que vai finalizar o processo para a homologação estadual e depois o reconhecimento federal”. Fernandes destaca que o município de Anta Gorda cumpriu todos os passos para a homologação faltando apenas essa análise que foi feita nessa tarde. “Toda a documentação já foi enviada pelo município, agora com essa visita vamos ver os efeitos da estiagem nas lavouras e nas comunidades para fazermos o nosso parecer”. A prefeita Madalena G. Zanchin salienta que aguarda o reconhecimento da situação de emergência. “Agora com toda a documentação entregue e com a visita técnica aguardamos o reconhecimento da situação de emergência e a homologação do Estado e posterior reconhecimento do Ministério do Desenvolvimento Regional para concluir o processo” De acordo com o secretário da Agricultura Joelmo Balestin a homologação é importante para que os agricultores possam renegociar os seus financiamentos “A gente sabe que muitos agricultores passam por dificuldades e com essa homologação terão a possibilidade de renegociar as suas dívidas junto as instituições bancárias, essa é uma preocupação que nós temos e por isso estamos fazendo todos os passos necessários para que em breve a situação de emergência seja reconhecida” Ações executadas pelo município Por meio das secretarias de Obras e Agricultura o município está agindo junto a comunidade em especial no interior, executando trabalho de limpeza e abertura de fontes, transporte de água para animais com caminhão-tanque e transporte de água para o reservatório da Linha Quarta. Outra medida adotada foi decretar situação de emergência, sendo que o município está buscando a homologação da Defesa Civil do Estado e o reconhecimento do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). A administração também iniciará em breve um estudo do nível de água nos poços para verificar a necessidade de um racionamento de água. Medidas junto ao Governo do Estado A Administração Municipal também está buscando junto a Secretaria de Agricultura do Estado a cessão de uso de maquinário para a perfuração de poços nas comunidades do interior e a construção de cisternas. Da mesma forma está pleiteando junto a Secretaria de Obras a cessão de maquinário para a perfuração de poços no interior e na zona urbana, construção de cisternas e recurso emergencial para perfuração de poços destinado ao município. Junto a Secretaria do Meio Ambiente e a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) foi informada a situação de estiagem e encaminhadas as demandas e necessidades. Cadastro de projetos junto a Funasa Junto a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) Anta Gorda se cadastrou em programas para captação e abastecimento de água. Um dos programas ao qual o município de cadastrou é o Programa Salta Z, tipo “bica” de captação de água de rio, açude, vertente, poço, entre outras fontes para o tratamento para o uso de água potável. O programa é composto de kits com reservatórios de cinco mil litros, bomba de recalque, filtro, tubulações e insumos de tratamento. Outro pedido junto a Funasa é a ampliação do sistema de abastecimento de água na área rural, por meio de ampliação e substituição de redes, reservatório e canos em aproximadamente 12 comunidades. E a aprovação de auxílio de R$ 25 milhões para serviços emergenciais para combate aos efeitos da estiagem, tais como, perfuração de poços, redes de água e equipamentos e contratação de horas-máquina. Madalena ressaltou a preocupação e o empenho do poder executivo em buscar solução para os problemas causados pela estiagem. “Enfrentamos uma situação muito delicada, a estiagem está gerando uma série de problemas, além das perdas econômicas na produção, temos escassez de água para abastecimento de produções e agora já estamos registrando falta d’água até para o consumo humano”, por isso é importante usar a água para o estritamente necessário, evitando nesse momento de lavar calçadas e carros, afinal não temos certeza sobre qual será o prazo para o final desta estiagem”, frisou Madalena.
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