Na terça-feira, 16, a prefeita de Anta Gorda, Madalena Gehlen Zanchin, participou da Assembleia Geral Ordinária da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) realizada na Univates, em Lajeado, onde estiveram reunidos representantes de 36 municípios. Pandemia A autoridade avaliou o encontro como interessante, tendo em vista que assuntos importantes, como a pandemia, por exemplo, foram debatidos. “O reitor da Univates, Ney José Lazzari, explanou sobre o trabalho da universidade e a forma como vem atuando na pandemia no sentido de que no que dia em que foi definido que não haveriam mais aulas presenciais, no dia seguinte, os alunos já estavam tendo aulas à distância, enquanto outras instituições particulares demoraram cerca de 15 dias e as federais muitas nem começaram com o EAD até o momento”, contou. Conforme Madalena, o trabalho da universidade na área da saúde também foi explanado. “O reitor relatou também sobre trabalho realizado no laboratório da Univates e sobre a compra dos testes rápidos. Enquanto universidade, a Univates foi pioneira no estado e isso fez a diferença na região. São 4 mil testes já vendidos aos municípios”, frisou. Segundo Madalena, o presidente da Famurs e prefeito de Taquari, Maneco Hassen, elogiou a atuação dos municípios que compõe a Amvat. “Ele disse identificar que o Vale do Taquari é uma região que atua de forma muito unida e uniforme e isso tem contribuído muito para o resultado da pandemia, porque as decisões são tomadas em conjunto”, pontuou. “Se relatou também sobre a questão da volta às aulas onde na segunda-feira houve uma reunião do Governo do Estado e da Secretaria Estadual junto a representantes da educação da Famurs e secretários municipais onde está muito claro que não há uma definição no cenário da educação”, revelou Madalena. “O governo sinaliza, quem sabe, volta às aulas em outubro. Há possibilidade de haver um plebiscito nos próximos dias onde os pais irão se manifestar se sentem-se seguros que os filhos voltem ou não às escolas. É um cenário obscuro ainda. A única clareza que se tem é que se as aulas retornarem as administrações terão que fazer investimentos muito altos no sentido de contratar mais professores, ter mais espaços para aula, investir em questões de higienização e sanitização e ampliação do transporte escolar, tudo para evitar aglomeração. Eu creio que os municípios talvez não estejam preparados para isso”, opinou. Ainda na ocasião, o diretor do Hospital Bruno Born, Cristiano Dickel, falou da evolução e da adaptação do hospital no período de pandemia. “Ele relatou que o hospital iniciou com três leitos para pacientes com Covid-19 e hoje está com 18. Ele pediu encarecidamente aos prefeitos que continuem com suas regras de distanciamento, de isolamento, que não afrontem as medidas, porque até início de agosto é um período bem crítico. Ele enfatizou ainda que todas as medidas para evitar aglomeração e o uso de máscaras surtiu efeitos na questão de contaminação de outras doenças que em outros períodos eram comuns e agora não tem”, salientou. “Interessante também foi a fala do promotor de Lajeado que relatou o trabalho do Ministério Público e a preocupação com as instituições de longa permanência dos idosos. No Vale do Taquari, essas casas tem um total de mais de 300 idosos. Se o vírus entrar nesses locais nossas UTIs do Vale não serão suficientes para atendê-los”, comunicou. Videomonitoramento e cercamento “Ainda, durante a assembleia, o tenente coronel Luiz Marcelo Gonçalves Maia representando o Comando Regional de Polícia Ostensiva (CRPO) do Vale Taquari falou sobre a conclusão da construção do Centro de Comando e Controle Regional, local que já está fazendo o videomonitoramento dos municípios de Arroio do Meio, Lajeado e Santa Clara e futuramente fará todo o videomonitoramento dos municípios do Vale do Taquari que implantarem esse sistema. Anta Gorda está com seu projeto de videomonitoramento sendo avaliado pela Secretaria de Segurança do Estado”, relatou. Após parte dos municípios aderirem ao videomonitoramento haverá a implantação do cercamento eletrônico, conforme Madalena. “São informações de segurança interligadas com a central de Porto Alegre - da Secretaria de Segurança - com a unidade em Lajeado e com os municípios da região. Acredito que vai ser muito válido porque a partir do trabalho que o sistema de cercamento faz, não haverá necessidade de policial presencial. Os municípios terão que aportar no decorrer do ano um determinado valor de acordo com o número de habitantes para finalizar essa construção que é a primeira etapa e depois, vamos começar a colher frutos”, concluiu.
Anta Gorda